Entenda como esse tipo de lesão acontece e é diagnosticado, e como especialistas realizam seu tratamento
O manguito rotador é um conjunto de músculos e tendões que compõem a articulação do ombro. Essas estruturas são divididas em quatro unidades que ficam localizadas na região superior ao úmero, e têm como função possibilitar os movimentos, garantindo sua amplitude.
Os sintomas de pessoas que lesionaram o manguito rotador são diversos: tudo depende de quais e quantas estruturas foram danificadas. Mas no geral, os pacientes, apresentam: dor na região lateral do ombro (a dor tende a piorar progressivamente e pode ficar mais aguda durante a noite), perda na amplitude do movimento (dificuldade na realização de tarefas habituais como trocar de roupa) e perda de força no braço (o paciente pode sentir a diminuição da força no braço afetado, com grande dificuldade de elevação do membro).
Como ocorre a lesão?
As causas que levam a lesão do manguito rotador vão desde interferências ambientais e traumas até predisposições genéticas e outros problemas que acarretaram a lesão.
Existem alguns fatores de risco, como:
Portanto, a lesão no manguito rotador pode ter uma origem específica e identificável, no caso dos traumas, mas também pode ser o resultado decorrente de um processo longo e progressivo, facilitado, por exemplo, por fatores genéticos.
Quais são os estágios de lesões do manguito rotador?
As lesões podem ter diferentes extensões e são atribuídos diferentes estágios para elas, dependendo da gravidade: quais e quantas estruturas foram afetadas, e qual a profundidade do dano causado. A melhor forma de classificar a lesão dos tendões é usando os estágios da tendinopatia. É um processo contínuo e a adição ou retirada da carga pode reverter ou acelerar a evolução, principalmente nas fases iniciais do processo.
As lesões do estágio 1 são menores e menos graves, normalmente envolvem inflamação das estruturas, edema do paratendão e espessamento do tendão. O estágio 2 é caracterizado por início de desorganização estrutural dos tendões, com pequenas áreas de fibrose e tendão ainda espessado, são consideradas de grau médio. Já quando ocorre a ruptura do tendão do manguito rotador, a lesão é classificada como estágio 3 ou 4, e a gravidade é mais elevada.
Como é feito o diagnóstico?
O médico especialista deve realizar um exame clínico no paciente, observar quais são os pontos de dor e o nível de perda de função, e analisar o histórico do paciente e entender qual a origem da lesão na região.
Os exames de imagem auxiliam para chegar em um diagnóstico mais exato e efetivo. Normalmente o especialista requer ultrassonografias e em alguns casos ressonância magnética. O exame de raio-x é utilizado para verificação, confirmação e exclusão de outras doenças. Aqui na Articulab, os médicos usam o ultrassom já como complemento do exame físico na própria consulta.
Tratamento para lesão no manguito rotador
O tratamento escolhido depende da avaliação médica, que determinará a gravidade da lesão e examinará suas causas. Nos casos menos graves, o tratamento conservador, ou seja, sem intervenção cirúrgica é o mais indicado.
Esse tipo de tratamento envolve o uso de medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, associados ao repouso do membro afetado.
Além disso, a fisioterapia é uma parte crucial do tratamento sem intervenção cirúrgica. É por meio dela que o paciente recupera gradual e conscientemente os movimentos, flexibilidade e força após uma lesão no manguito rotador. É possível atenuar completamente a dor local e também recuperar totalmente a região afetada. São diferentes técnicas de fisioterapia utilizadas, o médico fica responsável por entender qual a mais indicada para cada paciente.
Além do repouso, uso de medicamentos e fisioterapia, dependendo do estágio de dor avaliado pelo especialista, há a opção de associar um tratamento chamado infiltração. Nesta terapia são injetados esteróides na região do manguito rotador, com o objetivo de aliviar as dores e aumentar a qualidade de vida do paciente durante o tratamento. As infiltrações devem ser supervisionadas pelo médico e serem aplicadas com parcimônia, para que não haja uma degradação dos tendões. O ideal é a realização da infiltração guiada por método de imagem, como no uso da ultrassonografia como guia.
Quando o tratamento conservador não é suficiente ou dependendo do tipo e gravidade da lesão, é necessária intervenção cirúrgica.
A técnica mais utilizada se chama artroscopia, um procedimento pouco invasivo, em que são feitas pequenas incisões no ombro afetado do paciente, em que são inseridos artroscópios (ferramentas com pequenas câmeras) e dessa forma o tendão afetado é reinserido ao osso. É um procedimento minimamente invasivo e a recuperação costuma ser rápida e com pouca dor.
Outras técnicas cirúrgicas que são relativamente comuns são:
Após o procedimento cirúrgico, o paciente deve ficar em repouso e fazer uso de medicamentos indicados pelo médico. Além disso, a fisioterapia também é necessária nesse tipo de tratamento, para a recuperação dos movimentos e da força nos músculos da região afetada.
Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.
OK