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O que você precisa saber sobre fratura na clavícula

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Atualizado em 01/02/21

Entenda como, no geral, pacientes fraturam a clavícula, como é feito o diagnóstico e quais são os tipos de tratamento dessa lesão

A clavícula é um osso em formato de “S”, que fica localizado na parte superior do tórax e é responsável por fazer a ligação entre o tronco, ficando conectada a um osso chamado esterno, e os braços, conectando-se também ao ombro. Assim, a clavícula é um dos importantes componentes que permitem a mobilidade dos nossos membros superiores, e a implicação de força através dos mesmos.

As fraturas nessa importante estrutura óssea são bastante comuns, e representam de 3-5% das fraturas sofridas por pessoas adultas, segundo especialistas. Além dessa alta incidência em adultos, muitas crianças e bebês também sofrem com relativa frequência esse tipo de lesão, que também é bastante comum em atletas.

A clavícula é divida em 3 porções:

  • Terço distal. Mais próximo ao ombro;
  • Terço médio. Porção central da clavícula; 
  • Terço proximal. Mais próximo ao tronco.

Em aproximadamente 85% dos casos, a fratura na clavícula ocorre na porção média osso. Mas também pode ocorrer nas outras porções da clavícula e é por meio do diagnóstico médico que é possível aferir a posição exata em que o osso foi quebrado e se ele se dividiu em apenas duas porções ou se ele se partiu em muitas peças.

Como ocorre a fratura da clavícula?

A causa mais comum para ocorrerem fraturas na clavícula é a queda sob o ombro. Também há casos em que a lesão ocorre após um impacto direto sob o osso, ou quando o posicionamento em que o braço está na queda, como quando o membro está estendido.

Há muitos casos em que a fratura ocorre devido a acidentes automotivos, ocorrendo um impacto direto sob a clavícula. Também ocorre com frequência em atletas.

Em bebês, é possível que ocorra a fratura da clavícula no momento do parto.  

 

Quais são os sintomas de fratura na clavícula?

 

Os sintomas desse tipo de lesão são bastante dolorosos para o paciente. Geralmente, a região apresenta edema (inchaço), o paciente apresenta dor significativa em repouso ou quando realiza movimentos com os braços. É possível, ainda, que ele também tenha uma sensação de “moagem” ou crepitação ao realizar movimentos dos ombros e braços, ou ainda apresentar equimoses ou escoriações na região. 

Há casos em que ocorre a deformação da clavícula. Dificilmente o osso atravessa a pele, mas ele pode se deslocar de tal forma, que a pele se projete e forme a chamada “tenda”, em que fica visível que a clavícula está lesionada. 

Como é feito o diagnóstico de fratura na clavícula?

No geral, a fratura de clavícula é facilmente percebida pelo médico durante exame físico e análise do histórico médico.

A radiografia é o exame mais comum e costuma ser conclusivo sobre a extensão e gravidade da lesão, e detalhes como localização da fratura e aferimento se houve ou não fragmentação do osso. 

Se você sentir algum tipo dos sintomas ou desconforto na clavícula, procure ajuda médica imediatamente. Consulte-se com um de nossos especialistas.

 

Tratamento de fratura na clavícula

 

Existem dois tratamentos disponíveis para a fratura na clavícula: o conservador, ou seja, em que não há a realização de procedimentos cirúrgicos, e a cirurgia. O médico especialista opta por um dos dois tratamentos, a partir do diagnóstico e com o tipo de fratura:

 

  • Fratura transversa. Esse é o tipo mais simples para tratamento que, no geral, é conservador. 
  • Fratura cominutiva. Neste caso, a clavícula é fragmentada e, por isso, o único tratamento possível é através de cirurgia.
  • Fratura oblíqua. Nesse tipo de lesão o osso se parte em diferentes tipos de ângulos. O médico pode optar pelo tratamento conservador ou cirúrgico, dependendo do diagnóstico e do caso específico de cada paciente. 

 

Tratamento conservador

 

Esse é o tipo de tratamento mais utilizado para pacientes com fratura na clavícula.

No tratamento não cirúrgico, a principal premissa é a imobilização, realizada por meio do uso da tipoia, e também da chamada imobilização em 8, um tipo de tipoia específica para o tratamento de fraturas na clavícula, que fica posicionada de uma forma específica para que a clavícula se mantenha no posicionamento correto. 

O tipo de imobilização depende da indicação médica e o uso da tipoia pode variar por um período entre 4-8 semanas, de acordo com cada caso e dependendo de recomendação médica. Durante esse período, o paciente deve movimentar ativamente outras partes do membro como cotovelo, punho e mãos. 

Além da imobilização, o tratamento conservador inclui o uso de medicamentos, de acordo com a prescrição médica e também tratamento fisioterápico. 

A fisioterapia também faz parte do tratamento conservador e é etapa imprescindível para a recuperação completa da clavícula e, principalmente, para a recuperação da funcionalidade e da movimentação do membro superior. Após o período de imobilização, o paciente passa por um número de sessões de fisioterapia estipulado pelo médico.

 

Tratamento cirúrgico

 

Em casos em que há uma fratura aguda, um grande deslocamento do osso, em que o osso se fragmenta em diversos pedaços, em que o paciente apresenta fratura exposta ou perigo de fratura exposta, ou ainda quando há outros danos associados à fratura, como danos neurovasculares ou rompimento de tendões, o médico pode indicar a realização de cirurgia para o tratamento da fratura na clavícula.

No geral, o procedimento cirúrgico para esse tipo de lesão consiste na fixação do osso e/ou seus fragmentos, para permitir que ele se recupere completamente. Essa fixação pode ser feita por meio de diversos tipos de estabilizadores, os principais métodos incluem o uso de: placas, parafusos, hastes e fios. 

 

Fratura na clavícula: Recuperação

 

O tempo de reabilitação após a cirurgia de fratura depende da gravidade da lesão em cada caso, e se houverem outras lesões associadas. O período pode variar de 3-6 meses, em alguns casos, esse período pode se prolongar ainda mais.

Após a operação, o paciente deve ficar em repouso de acordo com a indicação médica. 

Como no tratamento conservador, a fisioterapia é imprescindível após a cirurgia de fratura na clavícula: ela permite uma recuperação total da clavícula e dos movimentos que ela permite e realiza. 

Inicie seu tratamento imediatamente! Confira nosso serviço de fisioterapia domiciliar.

 

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