Dicas e recomendações sobre a intervenção cirúrgica em casos de bursite no ombro
Apesar da bursite ser uma lesão que, na maioria dos casos, não é grave e ser relativamente frequente na população, é uma condição médica que tende a se tornar crônica, principalmente quando há continuidade da atividade que desencadeou o quadro, com no caso de atletas.
As dores intensas no ombro, assim como, a diminuição na amplitude do movimento que dificulta a realização de movimentos básicos diários, entre outros sintomas, tem um grande impacto na qualidade de vida do indivíduo acometido por essa lesão e, para atletas, o prejuízo pode ser ainda maior se houver necessidade de interromper o cronograma de treinos para o tratamento da lesão.
Procurar um ortopedista especialista em ombro e cotovelo ao menor sinal de bursite no ombro é a principal indicação, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para cada caso garantem um bom prognóstico. Mas, dependendo de alguns fatores, a cirurgia para a bursite de ombro pode ser necessária em alguns casos para o tratamento desta lesão.
Confira neste artigo esclarecimentos sobre a bursite no ombro de atletas e quais são esportes de risco para o surgimento desta lesão e, também, dicas e recomendações sobre o procedimento cirúrgico realizado por ortopedistas para o tratamento da bursite nesta articulação.
A bursite no ombro é uma lesão muito comum em atletas que praticam esportes onde há a necessidade de repetição de movimentos com os braços, principalmente quando os braços ficam acima da cabeça, pois o esforço para essas práticas esportivas sobrecarrega as articulações desses membros e a repetição dos movimentos desgasta a articulação do ombro, piorando gradativamente o processo inflamatório nas bursas.
Alguns esportes favorecem o surgimento e agravamento de um processo inflamatório nas bursas presentes no ombro devido aos movimentos exigidos dessa articulação para a execução da prática esportiva, como:
Mas, outras modalidades esportivas também podem ocasionar um quadro de bursite no ombro, principalmente, devido ao esforço repetitivo dessa articulação durante a prática esportiva, como:
Em todos os casos de bursite no ombro, o tratamento conservador é a primeira opção. Quando o paciente está enfrentando uma crise aguda, o ortopedista recomenda repouso, uso de medicação via oral para alívio da dor e compressas de gelo para auxiliar na diminuição do processo inflamatório das bursas.
Independente da presença de um quadro agudo ou não, a fisioterapia esportiva é a melhor aliada dos atletas, tanto para tratamento quanto para evitar a reincidência da inflamação. Além disso, a fisioterapia é a melhor medida preventiva de quadros de bursite no ombro e outras lesões do sistema músculo esquelético.
Sendo assim, é fundamental que todo atleta seja orientado por uma equipe multidisciplinar, formada por ortopedistas, fisioterapeutas e outros profissionais especializados em medicina esportiva, para que seja estabelecido um plano de acompanhamento e ou tratamento personalizado elaborado com base nas limitações, necessidades esportivas, características biológicas entre outros fatores, para prevenção de lesões e melhora do desempenho esportivo.
Mesmo com todos os esforços da equipe multidisciplinar no acompanhamento do atleta, a realização da fisioterapia esportiva e os demais cuidados orientados no momento do quadro agudo, alguns casos de bursite no ombro podem não responder positivamente ao tratamento conservador e, diante dessa realidade, é indicada a cirurgia de bursite no ombro para tratamento.
Para determinar qual intervenção cirúrgica será realizada, o ortopedista deve levar em conta a gravidade da lesão e do processo inflamatório, assim como, a cronicidade e a reincidência do quadro. Em geral, o procedimento cirúrgico realizado para tratamento de bursite no ombro é a artroscopia.
Para tratamento de bursite no ombro é realizado, na maior parte dos casos, uma intervenção cirúrgica conhecida como artroscopia. Essa cirurgia é minimamente invasiva, pois não tem cortes. São realizadas pequenas incisões, “furos”, para introdução dos instrumentos médicos, como as pinças cirúrgicas, uma óptica e uma câmera digital que orientará o ortopedista durante o procedimento. A artroscopia é a melhor opção de intervenção cirúrgica para este caso, pois oferece melhores resultados, menor dano aos tecidos, pós operatório mais simples e o índice de complicações é baixo.
Durante a artroscopia, o ortopedista avaliará a condição da bursa do ombro e a gravidade do processo inflamatório para decidir se deve ou não manter a bursa. Após essa avaliação, dependendo da gravidade, é realizada uma bursectomia, procedimento cirúrgico associado a artroscopia para retirada da bursa inflamada. O próprio organismo se encarregará da regeneração da bursa no período de recuperação.
Apesar da infiltração não ser considerada um procedimento cirúrgico, ela não é considerada um tratamento conservador, pois requer uma intervenção médica ativa e utilização de materiais médicos, como seringas, para ser realizada. Essa intervenção também é utilizada durante o tratamento de bursite no ombro e, normalmente, é indicada antes da indicação de artroscopia. Os resultados costumam ser positivos em curto e médio prazo.
A artroscopia necessita de diferentes anestesias, por isso a recomendação do jejum de 8h antes do procedimento e da necessidade da internação hospitalar de 24h a 48h. Os dois tipos de anestesia utilizados durante esse procedimento são:
O pós-operatório é simples e, em geral, o paciente tem alta hospitalar de 24h a 48h depois do procedimento, a cicatrização é rápida e a recuperação é menos dolorida. O primeiro curativo é feito no centro cirúrgico e o paciente pode retirá-lo 48h depois da cirurgia. Seguindo as orientações médicas, o paciente deve realizar a higiene do local e fazer um novo curativo a cada banho, durante o tempo determinado pelo especialista. Além disso, o paciente recebe orientações sobre o uso de medicação via oral e, também, sobre o uso de tipoia para proteger a articulação e facilitar a cicatrização.
A principal recomendação do pós operatório é que o paciente siga todas as orientações dadas pelos especialistas para garantir uma recuperação plena. Fora isso, algumas dicas simples:
As sessões de fisioterapia, após a artroscopia, são fundamentais para garantir o sucesso da cirurgia e da recuperação. Assim que o paciente for liberado pelo ortopedista, é importante a avaliação de um fisioterapeuta e a elaboração de um plano de tratamento adequado para cada caso. No início, a fisioterapia auxilia no alívio da dor e na redução dos espasmos musculares e, com o tempo, o especialista trabalha com exercícios passivos e ativos para melhora da amplitude de movimento da articulação, alongamento e fortalecimento muscular.
Siga sempre as recomendações dos especialistas. Agende sua consulta com uma equipe especializada em ombro e cotovelo para acompanhamento e tratamento de bursite de ombro.
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