A LER está cada vez mais frequente na vida de atletas, lutadores e praticantes de esporte, se informe sobre sintomas e prevenção.
A lesão por esforço repetitivo (LER) tem impactado a vida de muitos atletas há muitos anos, mas as causas dessa condição médica tem se alterado ao longo do tempo, devido, principalmente, a mudanças no ambiente de trabalho e estilo de vida.
Antigamente, bancários costumavam apresentar quadros de LER pela repetição de movimento para contar cédulas de dinheiro e lavadeiras devido a postura inadequada no tanque. Com o avanço tecnológico e adaptações, esses profissionais não mais são diagnosticados com esse quadro, mas, por outro lado, o excesso de tempo de digitação e a postura incorreta no ambiente de trabalho tem ocasionado cada vez mais diagnósticos de LER na população geral.
Em um estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 2018, foi identificado um aumento de 184% dos casos de lesão por esforço repetitivo (LER) no Brasil nos últimos 10 anos, principalmente, em mulheres na faixa etária dos 40 aos 49 anos. Esse mesmo estudo apontou que 20 mil pessoas foram afastadas de suas atividades de trabalho, representando um total de 11,19% dos benefícios concedidos pelo INSS em 2017.
A lesão por esforço repetitivo é uma inflamação, desgaste ou lesão dos tecidos moles (tendões, ligamentos, músculos) que fazem parte do sistema musculoesquelético e é desencadeada por uma sobrecarga mecânica em um determinado tecido mole por atividade repetitiva e contínua, sendo assim, uma condição crônica.
Em geral, os quadros de LER estão associados à atividade laboral desempenhada pelo indivíduo, mas também podem ser desencadeados pelo estilo de vida, hábitos comportamentais em atividades esportivas, postura inadequada, tempo demasiado em aparelhos eletrônicos, como notebook, entre outras situações. Atualmente, alguns indivíduos têm apresentado problemas na cervical devido a postura inadequada ao utilizar smartphones.
Em situações em que a LER é ocasionada pela atividade ocupacional do paciente, alguns ortopedistas especialistas diagnosticam o quadro médico como distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), pois não necessariamente há um lesão no local afetado, mas o paciente apresenta sintomas de inflamação, entre outros, por movimentos repetitivos, tracionamentos, postura incorreta e levantamento excessivo de peso devido a atividade desempenhada no ambiente profissional. Por isso, o especialista considera o quadro como de DORT, pois é causado por qualquer tipo de sobrecarga devido à atividade laboral do paciente.
Quando há o diagnóstico de LER ou DORT, uma condição médica desencadeada por esforço repetitivo associado à atividade laboral do paciente, é considerada então uma doença ocupacional, podendo ser classificado como ‘acidente de trabalho’, o que pode necessitar de uma licença médica para recuperação adequada e requerer uma notificação dos órgãos competentes, assim como, mudanças no ambiente, seguindo a norma regulamentadora número 17 (NR17) que possui recomendações ergonômicas relativas ao ambiente de trabalho.
O diagnóstico de LER é realizado por exame clínico baseado, principalmente, na história de vida do paciente, considerando o esporte praticado e o ambiente de trabalho, hábitos comportamentais e estilo de vida. Em poucos casos, o médico pode solicitar um exame de imagem para avaliar o tecido mole do sistema musculoesquelético e confirmar o diagnóstico que pode ser classificado por diferentes quadros médicos.
Por ser uma condição crônica, a LER costuma apresentar sintomas quando o quadro está mais avançado, podendo levar à diminuição da capacidade funcional das partes afetadas, assim como, afetar a amplitude do movimento. A LER costuma afetar os membros superiores com mais frequência, mas pode acometer o corpo todo dependendo de qual esforço repetitivo é realizado e como. Sintomas comuns de LER:
O tratamento, em momentos de crise, é baseado no repouso da área afetada, terapia corporal e uso de anti-inflamatórios para alívio da dor. Em alguns casos, a imobilização pode ser necessária e, em raros casos, os especialistas podem recomendar a cirurgia.
Para acompanhamento do quadro, os médicos indicam tratamento com sessões de fisioterapia para melhora da capacidade funcional das partes afetadas, assim como, aumento da amplitude do movimento e, alguns especialistas, indicam sessões de acupuntura para complementar o tratamento.
Nos casos de LER oriundo pela prática de esportes, o atleta deve procurar ajuda com ortopedista especialista na área afetada para um correto diagnóstico e tratamento. Em alguns casos, pode ser recomendável praticar exercícios específicos para equilibrar a força da musculatura relacionada ao esporte praticado e fisioterapia para fortalecer as articulações.
Nos casos de LER ocasionada pela atividade laboral, se faz necessária a adaptação ou ajustamento do ambiente de acordo com a NR17, para evitar que o esforço repetitivo aconteça novamente e, assim, prejudique o tratamento e melhora do paciente, assim como, evite novos casos entre outros indivíduos.
A principal prevenção para a LER, atualmente, é adequar o ambiente de trabalho de acordo com as recomendações ergonômicas:
Além disso, especialistas recomendam que sejam realizados intervalos frequentes para realização de alongamentos, movimentos para buscar água ou café, proporcionando o movimento das pernas, realização de ginástica laboral, dieta balanceada, atividades físicas e água ao longo de todo o dia para manter o corpo hidratado.
Evite o autodiagnóstico. Procure um especialista e busque o tratamento adequado. Agende uma Consulta Online.
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