Confira mais detalhes sobre os tipos de lesão, como identificá-la, seu diagnóstico e tratamento
A luxação acromioclavicular é quando acontece uma lesão na articulação acromioclavicular, localizada entre parte superior do ombro, no acrômio, e na parte lateral da clavícula.
Essa articulação é extremamente importante para a mobilidade: ela é a única ligação entre ombro e tronco e é formada por dois conjuntos de ligamentos: um entre o acrômio e a clavícula e outro entre a clavícula e o processo coracóide (uma estrutura óssea da escápula).
A causa mais comum de lesão dos ligamentos que sustentam essa articulação é a queda sobre o ombro. Ocorre principalmente durante a práticas esportivas, em esportes como o ciclismo, o skate ou patins, no futebol ou esportes de luta como o Jiu-Jitsu e Judô, quando se cai em cima do ombro.
Após o trauma na região do ombro, o paciente pode sentir dor e inchaço na região da articulação acromioclavicular, ou seja, na região lateral da clavícula. Também pode ser percebida uma dificuldade de movimentação, por exemplo quando o paciente tenta elevar o ombro.
Em casos mais graves, podemos perceber o chamado “sinal da tecla” ou “sinal do cabide” da luxação acromioclavicular, que é quando se nota uma elevação, similar a um degrau, na região lateral da clavícula e também ocorre um aumento da mobilidade.
Existem seis diferentes subtipos de luxação acromioclavicular. Sua classificação depende da gravidade da lesão. que deve ser diagnosticada por um médico especializado. Agende sua consulta com um de nossos especialistas e receba atendimento ortopédico sem precisar sair de casa.
A classificação da lesão influencia diretamente no tipo de tratamento, que pode ser cirúrgico ou não-cirúrgico.
As luxações do tipo 1 e 2 são as mais simples, e em ambas não há uma elevação da clavícula. Podem ser tratadas sem a realização de um procedimento cirúrgico (o chamado modo conservador). Nesse tipo de caso, a aparência exterior não se altera tanto. Contudo, há a probabilidade do caso evoluir e ser necessária a realização de uma intervenção cirúrgica posteriormente caso os ligamentos ainda íntegros não sejam suficientes para estabilizar a articulação.
A luxação de acromioclavicular do tipo 3 gera discussões no meio médico e depende do tipo de avaliação realizado por cada profissional. Nesse tipo de lesão há uma luxação que pode ir de 25% à 100% em relação a sua posição ideal e original, com uma elevação da clavícula. Normalmente esses casos são tratados sem a necessidade de procedimento cirúrgico, mas não há uma regra.
As luxações do tipo 4, 5 e 6 são as mais graves e, invariavelmente, necessitam de intervenção cirúrgica para reparar ou reconstruir os ligamentos rompidos. Na de tipo 5, a clavícula também é elevada, já no tipo 4, ocorre uma posteriorização da clavícula. O tipo de 6, relativamente raro, ocorre um desvio inferior da clavícula.
Após o episódio de trauma, é importante procurar ajuda médica para um diagnóstico efetivo. Marque uma consulta e entenda seu problema sem precisar sair de casa entrando em contato conosco.
É realizado um exame de radiografia do ombro para identificar e avaliar o tipo de luxação e se não ocorreu nenhum outro problema, como fraturas, associado a esse diagnóstico. Esse exame é feito em uma posição especial, chamada “zanca”, para comparação dos dois ombros, facilitando o diagnóstico de qual o grau da luxação.
Apesar da radiografia ser, normalmente, efetiva para entender a lesão, há casos em que é necessária a realização de ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Esses casos ocorrem tanto quando a luxação acromioclavicular é muito leve e não pode ser percebida na radiografia ou quando o médico especialista do ombro suspeita de uma lesão concomitante no ombro.
Depende do tipo de luxação acromioclavicular. Os casos não-cirúrgicos, ou seja, dos tipos 1 e 2, são feitos por meio da imobilização do membro: normalmente os pacientes usam tipoia de uma a duas semanas, além do uso de gelo para diminuição da dor e edema. Também são receitados medicamentos.
O tratamento para a luxação acromioclavicular do tipo 3 é controverso entre os especialistas. Na maior parte, o tratamento inicial é não-operatório, então há um acompanhamento do paciente e sua resposta a esse tipo de tratamento. Eventualmente, pode haver indicação de cirurgia posteriormente.
Para lesões da articulação acromioclavicular do tipo 4, 5 e 6 o tratamento é cirúrgico, podendo haver variações de técnicas operatórias. Tudo depende do tempo de lesão e da avaliação do médico especialista, a cirurgia pode, inclusive, incluir uma reposição biológica dos tendões (usando um ligamento do próprio ombro, do joelho do paciente, ou até de um banco de tecidos).
Em todos os tratamentos para todos os tipos de luxação, cirúrgico ou não-cirúrgico, é imprescindível fazer a reabilitação da articulação para recuperação da amplitude do movimento e fortalecimento dos músculos por meio da fisioterapia. Confira nosso serviço de fisioterapia domiciliar e faça seu tratamento sem precisar sair de casa.
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